segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ciclo das Horas, em Bombinhas, 28/06


LIVRO E DOCUMENTÁRIO APRESENTAM A VIDA DOS PESCADORES INDUSTRIAIS


As obras serão lançadas no domingo (28/06), em Canto Grande-Bombinhas


No mar, eles são pescadores apaixonados pelo trabalho ou condenados a um emprego que não exige escolaridade completa. Homens que enfrentam a falta de aplicação das leis trabalhistas. Ou até mesmo pescadores preocupados com a exploração desordenada das espécies marinhas e com o futuro da pesca. Em terra, eles são pais e maridos que dividem seu tempo entre partidas e reencontros, convivendo com as saudades e a ausência da família.


O documentário Ciclo das Horas mostra os relatos destes pescadores industriais, acostumados à rotina de semanas no mar e poucos dias em terra, além de depoimentos dos filhos e das esposas que enfrentam a constante espera pelo retorno. O filme surgiu do livro Vidas separadas pelo mar, da autora itajaiense Sheila Ana Calgaro, que mostra a vida de pessoas ligadas à pesca industrial em Santa Catarina.


O filme e a obra literária serão lançados neste domingo (28/06), às 16h, no Salão Paroquial da Igreja Católica de Canto Grande, no encerramento das comemorações de São João. O lançamento tem o apoio da Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Bombinhas. O evento conta ainda com uma exposição de fotos e personagens do livro.


CONTATO:


Sheila Ana Calgaro (diretora do filme/autora do livro) –(47) 9605-6061

Simone Castro (produtora do filme) – (47) 8422-6733


Personagens do livro são moradores de Canto Grande


Duas personagens do livro Vidas separadas pelo mar são moradoras de Canto Grande: Salma Benta Santos de Maria e Zilda Francisca da Cruz. Ambas as histórias são narradas em capítulos distintos da obra e também estão presentes na exposição, através de fotos destas mulheres e trechos de seus relatos.


Dona Salma perdeu três filhos para o mar, em anos consecutivos, e conta a sua história de espera e saudades. Zilda foi uma mulher inovadora, naqueles anos de 1940. Através de sua audácia e coragem, ousou viajar com o marido a alto-mar, trabalhando com outros homens, em uma época que a mulher deveria cuidar somente dos afazeres do lar.


“Vidas separadas pelo mar” reúne diferentes histórias de vidas que ajudam a traçar um paralelo sobre os aspectos sócio-culturais dos embarcados e a contar a trajetória da pesca industrial em Santa Catarina e no País. Além disso, traz o relato da autora sobre a sua experiência em viajar a alto-mar, com dez pescadores.


A obra foi Trabalho de Conclusão de Curso de Sheila Ana Calgaro, apresentado em julho de 2007, na Universidade do Vale do Itajaí. No ano seguinte, ganhou a Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí, com patrocínio da Multilog e apoio do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca).


O livro é vendido nos lançamentos realizados, pelo preço de R$ 20. Pode ser adquirido com a autora, através do e-mail sheilacalgaro@gmail.com. Também está à venda nas livrarias Catarinense e Saraiva, para todo o Brasil. E na Livraria Época e Casa Aberta, em Itajaí.


“Ciclo das Horas” eterniza memória dos pescadores


Ciclo das Horas surgiu a partir da viagem a alto-mar, realizado pela autora, em fevereiro de 2007, com dez pescadores industriais que trabalham em Itajaí, mas vivem em Imbituba (SC).


O documentário une os depoimentos a uma narração poética e lúdica, além de elementos de animação e imagens da rotina destes pescadores em mar e em terra. A jornalista Sheila Ana Calgaro, diretora e produtora geral do documentário, gravou a rotina dos pescadores industriais, durante uma viagem de cinco dias a bordo de um barco de pesca, com dez tripulantes. A partir desta experiência, ela pôde perceber as dificuldades em trabalhar em alto-mar, o sentimento de abandono no meio do oceano e as precárias condições de segurança em caso de acidentes.


Em setembro de 2007, o filme foi lançado em Imbituba, na vila de Pescadores, e reuniu mais de 500 pessoas. Agora, passou por uma nova edição e finalização. No entanto, os realizadores ainda buscam patrocínio para este projeto – feito de forma independente – e outras exibições públicas.

A equipe conta com a produção de Simone Castro, edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin, finalização de Luciana Siebert, arte e fotografia de Mederijohn Corumbá. O apoio é do Sitrapesca e Pousada Barra Mar.


Projetos paralelos


A exposição itinerante que surgiu a partir do livro Vidas separadas pelo mar, é composta por 14 banners, com fotos dos personagens entrevistados e extratos do livro. A exposição já percorreu espaços públicos e privados, em Itajaí e Florianópolis. Há exposições previstas para São Paulo e Brasília. Todas as fotografias foram feitas pelo jornalista Elton de Souza, colega de turma da autora nos tempos da faculdade de Jornalismo.


Sheila também distribuiu, gratuitamente, 450 exemplares, já previstos para doação, a escolas públicas e particulares de Itajaí e Florianópolis, além de pesquisadores de todo o Brasil, universidades e sindicatos da pesca. “Quero que este livro sirva como um projeto social e pedagógico, valorizando as histórias destes pescadores que, muitas vezes, não têm seu trabalho reconhecido”, complementa.


O documentário Ciclo das Horas também poderá ser usado como material pedagógico em sala de aula. “Muitas crianças e jovens têm pescadores em suas famílias. Mostrar a importância das memórias destas pessoas é fundamental para que estes alunos entendam a história da nossa região”.


SERVIÇO:

O quê: Lançamento do documentário “Ciclo das Horas” e do livro “Vidas separadas pelo mar”. As obras tratam da vida de pescadores industriais, familiares, e pessoas ligadas à pesca industrial em Santa Catarina. O evento conta com uma exposição de fotos e extratos do livro.

Quando/Onde: Domingo, 28 de junho, às 16h, no Salão Paroquial da Igreja Católica de Canto Grande (Bombinhas)

Apoio: Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Bombinhas

Quem: Sheila Ana Calgaro é autora do livro e diretora do filme. O filme conta ainda com a produção de Simone Castro; arte e fotografia de Mederijohn Corumbá; edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin; trilha sonora de Leonardo Fellipi.

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